Parques aberrantes
Essa série nasce de uma miscelânia de fios, encontros de tempo e espaços. Talvez a maior referência em termos de força produtiva seja a vivência e as memórias da infância. Essas linhas tentam remontar os caminhos de como um sujeito atormentado pela angústia em tentar narrar algo que ficou para trás, e que agora, torna-se imagem. O corpo reconfigura a lembrança de uma superfície marcada no tempo. No final, o corpo fala sobre si mesmo, os parques aberrantes, cores e texturas são meros fios, intercedendo contra a perda dos afetos. Encontrar o foco onde me desfoco, talvez este seja o empreendimento que orienta estes trabalhos, uma espécie de esforço em fixar uma imagem que, antes de significar, existe na superfície do corpo como força, como fluxo dilacerante. O olho perde a primazia e cede lugar a um corpo de potência, onde a velocidade cinemática não encontra brechas, tudo é um não-lugar.
Parque aberrante 1: ruídos. 40x40cm
técnica mista e impressão fotográfica sobre papel
Parque aberrante 3: passagens. 40x50cm
técnica mista e impressão fotográfica sobre papel
Parque aberrante 7: passagens. 40x60cm
técnica mista e impressão fotográfica sobre papel
Depois de mais de uma década de experimentações e misturas de técnicas e procedimentos utilizando a pintura, o desenho e a fotografia, reuni, nesta série a intervenção da inteligência artificial para fundir elementos que durantes anos me inquietaram poeticamente e agora percebo uma síntese que se configura como uma passagem bem-sucedida entre as experiencias anteriores com a pintura, ainda nos anos de 2005, com resultados expostos na Bienal do Recôncavo e na Galeria ACBEU.
Parque aberrante 2: ruídos. 40x40cm
técnica mista e impressão fotográfica sobre papel
Parque aberrante 2: queda. 40x70cm
técnica mista e impressão fotográfica sobre papel
Reserve sua obra!