EOTOGRAFIA

Educação inclusiva

através do Design

Por André Araújo Lima 05/05/2022

Como desenvolver educação inclusiva através do design? Considerando as barreiras arquitetônicas, como fica a garantia de acesso aos espaços escolares para pessoas cegas e surdas? Produzi este projeto em 2019 tentando responder na prática essa questão. Apresentei a proposta para a comunidade acadêmica do IFBA Campus Jacobina, na Bahia, para a sinalização visual. Voltado ao acesso inclusivo de pessoas cegas e surdas, com a finalidade de promover maior autonomia para estes sujeitos, auxiliar no seu desenvolvimento no contexto do espaço escolar e facilitar sua inserção na sociedade contemporânea. Hoje em dia, é fundamental pensar o papel do design no que diz respeito à concepção de interfaces que busquem reduzir as lacunas sociais demarcadas historicamente e as invisibilidades das pessoas com necessidades específicas no contexto da escola.

Ilustração de mapa tátil para hall de entrada do campus do IFBA Imagem do autor, todos os direitos reservados.

A concepção dos protótipos

A metodologia aplicada para concepção dos protótipos e peças gráficas desenvolvidas e apresentadas à comunidade acadêmica foi estruturada com base na metodologia proposta por Bruno Munari. Especialmente foram consultados estudantes cegos e surdos do campus para possibilitar uma escuta sensível acerca de quais as barreiras de acessibilidades os protótipos poderiam encarar com mais ênfase. Nesse sentido é fundamental respeitar as necessidades de cada estudante. Os dados apresentados nesta pesquisa foram coletados a partir da exposição dos modelos simulados em computação gráfica e o preenchimento de um formulário com questões pertinentes a estes modelos.


Ilustração de mapa tátil para hall de entrada do campus do IFBA. (Imagem do autor), todos os direitos reservados.


Ilustração de totem com VLibras em rampa de acesso ao campus do IFBA. (Imagem do autor.) Todos os direitos reservados.


Apresentação à comunidade escolar

Construí os protótipos criados em computação gráfica e apresentados à comunidade. Fotografei o campus onde imaginei que pudessem ser mais bem localizados os protótipos. Na área externa, projetei um totem com tela sensível ao toque com o programa VLibras instalado. Desenhei um modelo de mapa do piso tátil de acesso ao campus e placas de sinalização das salas e setores da escola com a descrição em Libras e Braille. Fiz a exposição dos modelos em computação gráfica. Isso permitiu à comunidade acadêmica vislumbrar e refletir sobre a acessibilidade como possibilidade real da inclusão no espaço educacional. Um dos resultados dessa proposta foi perceber que a comunidade interna pôde pautar de forma engajada políticas de fomento a projetos acerca da educação inclusiva e cobrar junto aos gestores escolares a concretização das propostas que objetivam diminuir as barreiras que cerceiam a plena realização de uma educação verdadeiramente inclusiva.


Link dos anais do II CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E SUAS TECNOLOGIAS (ON-LINE). Trabalho completo no botão a seguir.


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